quarta-feira, 5 de agosto de 2020

O Segundo Mito da Criação do Ogam

Pintura de Hans Bol (1534 - 1593), 

Fénius Farsaid e a criação do Ogam na Torre de Nimrod

 

Há outro mito que consta no Livro de Fénius, no início do Auraicept, sobre a invenção da língua irlandesa e do Ogam. Esse mito está exposto no meu livro "TRATADO DE OGAM - A MAGIA CELTA REVELADA - Volume 1 Oráculo Ogam".

"Fénius Farsaid era um homem culto e letrado em três línguas principais – latim, grego e hebraico. Viajou da Cítia para a Planície do Sinar com Goídel mac Ethéoir, Íar mac Nema e uma comitiva de setenta e dois homens, cujo objetivo era estudar as línguas que se misturaram na Torre de Nimrod, a qual estudiosos acreditam ser a Torre de Babel.

Descobriu que as línguas haviam se dispersado pelo mundo, e enviou seus estudiosos para investigá-las, permanecendo na torre. Ao completarem seus estudos, os estudiosos retornaram após dez anos e solicitaram que Fénius selecionasse para eles dentre todas as línguas do mundo, uma que ninguém conhecesse a não ser eles.

Segundo o Auraicept, Fénius concordou e criou não uma, mas cinco Bérla tóbaide ou teipide, isto é “Línguas Seletas”:

1) Língua Irlandesa: Fénius intitulou-a godélica ou gaélica, em homenagem a Goídel;

2) Íarmberla: segundo McManus, designava palavras em irlandês não acentuadas e foi criada por Fénius em homenagem a Íar;

3) Bérla n-etarscartha ou Língua Partida: usada para fins de estudos etmológicos na qual os elementos de uma palavra são separados para serem devidamente explicados;

4) Bérla Féne: segundo McManus, era uma língua profissional, mais especificamente a Língua dos Juristas, e foi criada em homenagem a si próprio, embora no Auraicept conste como “Língua Usual”, aquela que servia para todos;

5) Bérla Fortchide: segundo McManus era Bérla na filed ou Língua Obscura, usada para uma forma oculta de linguagem poética, sendo fortchide “a grande escuridão” ou “obscuridade da poesia” conforme o Auraicept.

Essas cinco línguas seletas foram criadas juntamente com o Beithe-Luis-Fern, como é chamado o Ogam, isto é, com as vinte letras originais, acrescentando-se mais cinco posteriormente para acomodar sons estrangeiros.

Todo o som para o qual um sinal não foi encontrado em outros alfabetos, sinais foram encontrados para eles no Beithe-Luis-Fern.

Dentre todos os estudiosos da Torre de Nimrod, havia vinte e cinco que eram os mais nobres e seus nomes foram dados às vogais e consoantes do Ogam, ou seja, segundo esse mito, os nomes das Ogams são os nomes dos vinte e cinco estudiosos mais nobres da Torre de Nimrod.

São esses os dois mitos conhecidos acerca da origem mitológica do Ogam."





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