No capítulo 27 do livro "Ogam - A Magia Celta Revelada", abordo talismãs e amuletos, o que são, como criá-los e o segredo para que sejam realmente poderosos e eficientes.
Segue parte do capítulo para melhor esclarecer os interessados (p. 332/333):
"O grande segredo do poder dos
talismãs/amuletos repousa, primeiramente, no símbolo escolhido e, em segundo
lugar, na correta magnetização do talismã, tornando-o apto a emanar as energias
que seu portador pretende receber.
A palavra “magnetismo” significa “nome
comum às propriedades características dos campos e substâncias magnéticas;
a influência exercida por um indivíduo na vontade de outros, fascinação,
encantamento”[1].
Por este motivo, é importante que você
crie seu próprio amuleto/talismã, pois ao confeccioná-lo e consagrá-lo, estará
se conectando aos domínios ou ilhas do Outro Mundo, de onde atrairá a vibração,
potência que pretende imprimir em seu amuleto, transformando-o num captador
daquela faixa vibratória específica representada pelo símbolo ogâmico, a qual
será emanada e recebida por você sempre que usar seu talismã.
Você também pode criar um amuleto para
presentear alguém. Neste caso, diga-lhe o que significa o símbolo ogâmico e
qual sua função, para que ela se conecte conscientemente ao arquétipo daquele
símbolo, isto é, à sua faixa vibracional no Outro Mundo, passando a receber
esta energia captada e emanada pelo amuleto.
O talismã pode ser de qualquer material,
embora quanto mais natural, melhor. Os mais usados são metal, madeira,
cristal, mas também pode ser feito de argila, massa de modelar, papel e vidro.
Pode ser pequeno, em forma de pingente ou
não; ou pode ser grande, para proteger ambientes, imóveis, veículos, etc,
embora o tamanho não influencie na capacidade do talismã de captar e emanar a
energia desejada.
Pessoalmente, gosto muito de utilizar
madeira, sementes e cristais para criar meus talismãs, conquanto tenha talismãs
de prata.
Os cristais possuem propriedades
físico-químicas[2]
capazes de captar, amplificar e emanar de forma potencializada a energia
representada pelo símbolo ogâmico.
Após consagrar seu talismã, use-o
preferencialmente no pescoço, embora possa ser usado em uma pulseira, como
anel, na carteira, no bolso, preso à roupa por alfinete (especialmente no caso
de bebês) etc.
Você poderá criar mais de um talismã, bem como
poderá criar um pantáculo, do grego pan = tudo e kleo = honra, significa “toda
honra”, que no caso pode ser compreendido como “todo poder”.
O pantáculo é um talismã composto por
mais de um símbolo, ou composto por símbolos e palavras, cujo significado
somente seu criador deve conhecer.
Ao preparar e consagrar
corretamente um talismã, este passará a emanar todo o poder que o símbolo
ogâmico invoca da Natureza e dos domínios do Outro Mundo.
Tenha em mente que o Ogam é formado por
símbolos ancestrais criados para representar as energias das árvores, de seres
encantados deste e do Outro Mundo e da Criação, conectando-se e atraindo
determinados eflúvios magnéticos, doando-os ao seu portador.
Portanto, é preciso conhecimento e
respeito para lidar com as Ogams, que certamente não poderão ser usadas para
prejudicar ninguém. Estes símbolos existem há milênios, e quando acessados e
trabalhados, desencadeiam grande poder em nossas vidas, transformando-nos e o
mundo ao nosso redor.
O daoine sìth (povo encantado ou fadas) e
as criaturas encantadas reconhecem estes sinais ancestrais e são atraídos por
eles, especialmente se você já estabeleceu contato e angariou sua simpatia e
amizade.
Por este motivo, sugiro que você conheça
ao menos os fundamentos da Magia Celta, embora fosse interessante que
conhecesse também a Draíocht ou Magia Celta Druídica (Avançada).
Outro ponto imprescindível para criar
talismãs ogâmicos poderosos e eficazes é que você conheça muito bem o significado
de cada Ogam – as palavras-chave, os títulos, as árvores, seus potenciais, sua
sombra.
Advirto que ao trabalhar com o Ogam, você
deve ser humilde, reconhecendo que sempre se pode aprender mais. Peça somente o
necessário e nada além, pois uma montanha deve ser escalada com um passo de
cada vez.
Jamais tenha a pretensão de dominar a Arte
da Magia Celta, tampouco as fadas, as criaturas encantadas, os guardiões e os
sídhe (espíritos ancestrais ou não). Esta ilusão será sua ruína.
Por fim, se você tentar usar o Ogam para
fins menos dignos, desencadeará a fúria dos domínios (águas primordiais, Sol,
céu, árvores), das fadas, das criaturas encantadas, dos sídhe (espíritos) em
sua vida, e terá de arcar com as devastadoras consequências, pois nada que
esteja sob a égide da Magia Celta pode ser aplicado para o mal.
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