sexta-feira, 11 de julho de 2014

Palestra "Praticando a Magia Celta"

Minha próxima atividade será na Casa de Bruxa, dia 23/08/14, das 14 às 15hs. com a palestra "Praticando a Magia Celta".
Entrada: 500g de café ou bolacha ou leite ou ração para animais ou fralda ou R$ 26,00.

E em 13/09, será o workshop referente a este tema. Confiram a programação aqui no blog, na minha página no Face ladymirianblack, ou no site www.casadebruxa.com.br.

Aguardo você lá!

Bjs e bênçãos...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Magia Picta - O Encantamento dos Sete Nós


Este encantamento era praticado pelas bruxas pictas da Escócia e continua sendo praticado naquele país ainda hoje.
Trata-se de um talismã capaz de atrair um objetivo para quem o criar. Você pode pedir um novo emprego, a cura de um desequilíbrio sistêmico (vulgo doença), um amor, etc.

Material

·        - 1 pedaço de fita de cetim, corda ou lã com 50 a 60cm de comprimento (escolha a cor de acordo com seu objetivo)

Ritual

Realize este encantamento em local reservado, onde não seja incomodado. Você fará sete nós ao longo da fita. Certifique-se de que os nós guardem entre si aproximadamente a mesma distância (não precisa ser uma distância exata).
Para tanto, sugiro que você faça o primeiro nó no meio da fita, pois assim os outros terão mais ou menos a mesma distância.
Comece com nós leves e a medida que os fizer, mentalize seu objetivo de forma clara, verbalizando se possível o que deseja.
Depois de feitos os sete nós, volte ao primeiro puxando com força e novamente mentalizando seu objetivo enquanto gera o maucht, isto é, o que os pictos chamavam de “força, poder”.
Repita este procedimento de reforçar os nós quantas vezes entender necessário, até sentir que sua fita ficou impregnada com sua vontade/objetivo.
Guarde seu talismã sempre com você até alcançar seu objetivo.Quando conseguir o que pediu, enterre sua fita sob a raiz de uma árvore.


   

  


terça-feira, 29 de abril de 2014

Lançamento da 2ª edição do "Bruxas Celtas"

Com muita alegria, anuncio o lançamento da 2ª edição do Bruxas Celtas, no dia 10/05 a partir das 14hs. na loja Profecias na Galeria do Rock em São Paulo.
Convido a todos que estiverem em SP para um bate-papo sobre o tema e para quem ainda não tem o livro, para a tarde de autógrafos.
Bjs e bênçãos...


domingo, 27 de abril de 2014

Interessantes Histórias sobre Naufrágios



La Belle

O navio La Belle foi recuperado na costa do Texas. Para tanto, a Comissão Histórica do Texas construiu uma enseada artificial em pleno mar, bombeando a água para fora. Depois de dois anos de trabalho, foram recuperados 1 milhão de objetos, dentre os quais 750.000 eram vidros coloridos usados pelos colonizadores como moeda de troca com os índios.
O La Belle e outros três navios, o L’Aimble, Le Joly e Saint François, partiram da França em 1.684 com 300 homens e a missão de colonizar a bacia do Rio Mississipi, na América. Mas a expedição foi um desastre. Nas Antilhas, o Saint François foi tomado por piratas. Na viagem, o escorbuto e a malária mataram muitos tripulantes. A frota passou direto pelo Mississipi, dirigindo-se por engano para o Texas, 800 quilômetros adiante. Na Baía de Matagorda o L’Aimable afundou, levando suprimentos vitais. Então, parte dos tripulantes desistiu e voltou para a França no Le Joly.
Mas o comandante da missão, La Salle, permaneceu no La Belle com 170 homens e prosseguiu. Em dezembro de 1.685 saiu de canoa para encontrar o Mississipi. O La Belle seguia atrás. Durante um mês, os dois grupos exploraram a região sem manter contato, até o galeão ser encontrado às moscas: a tripulação inteira fora morta pelos índios. Duas semanas depois, o explorador saiu de novo, deixando oito homens a bordo. Nunca mais viu o navio. Em 1.686, o La Belle foi afundado por uma tempestade.

HMS Curacoa

O transatlântico mais famoso do mundo, o Queen Mary, foi protagonista de um obscuro acontecimento perto das costas de Irlanda. Quando se encontrava a 80Km da ilha, o Queen Mary que transportava a 10.000 soldados americanos e canadenses se chocou contra o seu navio-escolta, o HMS Curacoa, que era bem menor. O Curacoa foi atingido no meio e como o gigante Queen Mary sequer reduziu a marcha, foi partido em dois e afundou em seis minutos. Neste dia fatídico, 338 membros da tripulação perderam a vida. O acontecimento converteu-se num dos segredos melhor guardados da II Guerra Mundial.


HMS Audacious

Na costa norte da Irlanda, mergulhadores descobriram em águas profundas os restos de um couraçado. Tratava-se do superdreadnought britânico HMS Audacious, que afundou no início da I Guerra Mundial. Naquele momento acreditava-se que era impossível o Audacious afundar: era o orgulho da Marinha Real britânica e a sua unidade mais poderosa para a primeira linha de batalha.
Entretanto, falhas de projeto e a incompetência da equipe de emergência do navio levaram centenas de pessoas à morte quando o navio explodiu, na época por causas inexplicáveis.
O alto comando da Armada Britânica ordenou a não divulgação do ocorrido e chegaram ao ridículo de construir um navio para imitar o Audacious e dizer que ainda navegava. A tripulação do Audacious que sobreviveu jurou silêncio e foi recolocada. Nunca mais ninguém falou no assunto.

SS Armenian

 O SS Armenian era um navio de carga americano que em 1.915 passava pelo canal de Bristol transportando, dentre outras coisas, 1.400 mulas destinadas à frente de batalha oriental. Um submarino alemão detectou o navio e fez disparos de aviso. Para evitar ser capturado, o capitão do SS Armenian iniciou a fuga enquanto o submergível o atingia com disparos. O capitão ordenou à tripulação que abandonasse o navio. Assim que os últimos tripulantes estavam a salvo nos botes salva-vidas, o submarino lançou um torpedo fazendo o navio afundar em alguns minutos, levando consigo os pobres animais.
Mais de 90 anos depois, o navio que ficou conhecido como Bone Wreck, ou “naufrágio de ossos” ainda não havia sido encontrado e equipes de mergulhadores profissionais continuam procurando por ele.

Wilhelm Gustloff


No fim da 2ª Guerra Mundial, este navio alemão que transportava milhares de civis refugiados da guerra foi bombardeado por um submarino soviético, o S13, no mar báltico e afundou, matando milhares de pessoas inocentes, em parte afogadas ou por hipotermia (a temperatura era de -10ºC).
Projetado para levar 2.000 pessoas, naquela noite (30/01/1945) transportava cerca de 9.343, em sua maioria mulheres e crianças que fugiam da invasão russa, assim como soldados feridos. Apesar do número de mortos superar e muito o do Titanic (onde morreram cerca de 1.500 pessoas), não causou a comoção que o naufrágio deste último, que ocorreu em 1.912, causou.

Goya

Era um cargueiro norueguês construído em 1.940, pilhado pela Alemanha nazista quando esta ocupava a Noruega. Em 16 de abril de 1.945, zarpou da península de Hel pelo mar Báltico levando militares feridos e civis que fugiam do exército russo.
Como ocorreu com o Wilhelm Gustloff, foi percebido pelo submarino russo L-3. O navio começou a afundar 7 minutos após ser atingido por torpedos, tempo muito curto para uma possível evacuação.  Porém o que mais impressiona nessa tragédia é o número de mortos: mais de 7mil pessoas morreram, ao passo que apenas 183 foram resgatadas.




terça-feira, 1 de abril de 2014

GÖBEKLI TEPE - O TEMPLO MAIS ANTIGO DO MUNDO

Pilares do templo de Göbekli Tepe. Os entalhes provavelmente representam sacerdotes dançando durante um ritual ou assembléia religiosa. 

Göbekli Tepe é um sítio arqueológico localizado na Turquia. Foi descoberto em 1.960, mas os escavadores da época acreditaram tratar-se de um antigo posto militar bizantino e as lajes de pedras foram consideradas lápides. Abandonaram o sítio sem prosseguirem com as escavações.
Em 1.994, o arqueólogo alemão Klaus Schmidt, pesquisador do German Archaelogical Institute – DAÍ, estava estudando sobre o período Neolítico em um sítio arqueológico próximo e decidiu dar uma olhada em uma montanha chamada Potbelly, cujo topo era arredondado, local este chamado pelos moradores locais de Göbekli Tepe.
Iniciou as escavações no outono daquele ano e após meses descobriu que as lajes de pedras eram os topos de pilares gigantescos que formavam um círculo. Continuou as escavações auxiliado por uma equipe formada por estudantes alemães e turcos, que se revezavam, bem como cerca de 50 trabalhadores das redondezas. Anos após o início dos trabalhos descobriu mais alguns círculos formados por estes pilares em forma de T.
Em 2.003 uma leitura geomagnética revelou existirem cerca de vinte círculos de pedras naquele local, a maioria ainda por ser desenterrada. Os pilares mais altos possuem 18m de altura e pesam cerca de dezesseis toneladas. Os arqueólogos fixaram a data da construção de Gobekli Tepe por volta de 10.000 a.C.
As superfícies dos pilares foram entalhadas com figuras de animais em baixo e alto relevo, cujos estilos artísticos diferem entre si. Alguns são mais rústicos, enquanto outros lembram muito a arte refinada e simbólica dos bizantinos. 

Animais entalhados nos pilares de Göbekli Tepe.


Em outras partes da montanha, Schmidt encontrou o maior número de ferramentas de pedras que já havia visto. Eram facas, cutelos, um verdadeiro depósito do período Neolítico. Havia mais ferramentas ali em 1m2 do que os arqueólogos encontraram em  sítios arqueológicos inteiros.
Na opinião de Schmidt, os pilares imitariam os seres humanos, todos reunidos em um ritual religioso. Os animais entalhados nos pilares, em sua maioria já extintos, alguns sequer conhecidos, poderiam representar proteção espiritual aos participantes do ritual, estariam apaziguando-os ou estariam “encarnando” nos humanos ali representados pois seriam animais totêmicos, dando-lhes o seu poder.


Os arqueólogos ainda estão escavando Göbekli Tepe e debatendo seu significado. Os estudiosos que defendem a tese dos alienígenas do passado, afirmam que o complexo de círculos de pedras foi construído segundo instruções e instrumentos de uma raça alienígena para que pudesse ser avistado do espaço, ao mesmo tempo em que teria servido como base para o pouso das naves espaciais.
Mais importante do que o que os arqueólogos encontraram é o que eles não encontraram, ou seja, não há um único vestígio de habitações próximas ao complexo. Centenas de trabalhadores devem ter sido requisitados durante anos para construir um templo como este numa época em que não existiam nem a roda, nem animais de carga.
No local não há fontes d’água, que também não existiam na época, sendo a mais próxima a quase cinco mil quilômetros de Göbekli Tepe, assim como não existem traços de agricultura e de fogueiras que teriam sido usadas para cozinhar alimentos.
Entretanto, a julgar pelos inúmeros ossos de animais encontrados no local, os trabalhadores devem ter sido alimentados por caçadores que levavam as presas até lá. A construção de Göbekli Tepe aponta para um grupo organizado, mas Schmidt ainda não encontrou informações acerca da existência de uma hierarquia e como seria.
Não existem túmulos no local, que poderiam demonstrar o status daqueles que ali estiveram; não há evidências de locais reservados para as pessoas mais importantes, nem para a casta inferior desta sociedade ou comunidade.
Schmidt acredita tratar-se de um povo nômade que vivia da caça e coleta. Neste caso, de fato não costumavam, como não costumam até hoje, construir estruturas permanentes. Entretanto, o povo que construiu Göbekli Tepe está longe de ter seus mistérios desvendados.
O templo parece ter sido abandonado por volta de 8.200 a.C., quando foi deliberadamente enterrado. Schmidt e todos os estudiosos ainda tentam descobrir “Por que”, “Como” e “Por quem” Göbekli Tepe teria sido construído, como foi usado, qual sua real finalidade e por fim, por que foi desativado e qual o motivo de ter sido enterrado, trabalho este que deve ter demandado muito tempo e muitos trabalhadores, ao invés de simplesmente ter sido abandonado.
De qualquer forma, Göbekli Tepe revolucionou a Idade da Pedra, especialmente as teses até então sustentadas sobre o homem do período Neolítico. Há cerca de vinte anos, os estudiosos acreditavam conhecer toda a revolução que ocorrera no Neolítico, que foi a transição crítica do homem nômade e coletor para o surgimento de comunidades sedentárias que desenvolveram a agricultura e criação de animais.
Mas nos últimos anos, se multiplicaram as novas descobertas que estão derrubando tudo que se acreditava saber sobre o homem da Idade da Pedra, e sem dúvida, Göbekli Tepe está encabeçando esta revolução na arqueologia.
A sedentarização do homem do Neolítico estaria atrelada ao fim da Era Glacial, quando o derretimento do gelo permitiu que o surgimento de terras cultiváveis e a procriação de animais com relativa facilidade. Tal revolução teria tido início em um único lugar que seria na Suméria (localizada na parte sul da Mesopotâmia), entre os rios Tigre e Eufrates, estendendo-se para a Índia e posteriormente alcançando a Europa.
Porém, depois do descobrimento de Göbekli Tepe, as pesquisas sugerem que a chamada revolução do Neolítico ocorreu simultaneamente em vários lugares do globo durante centenas de anos, além de não ter sido proporcionada pela mudança climática mas outro motivo completamente diferente.
Além disso, hoje os arqueólogos discutem a tese de que os seres humanos teriam se fixado em comunidades mas ainda mantinham hábitos de caça e coleta, e que a prática religiosa veio antes ainda do que a agricultura, surgindo para diminuir as tensões oriundas da vida em sociedade, face às obrigações coletivas dos indivíduos.

Descoberto no Verão de 2.010, parte deste portal do templo extraordinário de 12.000 anos está circundado por animais ferozes entalhados, incluindo uma cobra, um aurochs (boi selvagem já extinto), um javali e um predador não identificado. 

Schmidt faz uma previsão de que dentro de 10 ou 15 anos, Göbekli Tepe será mais famoso que Stonehenge, por todos os motivos. Até lá, esperamos poder saber um pouco mais sobre esta estrutura fascinante.  

*Todas as fotos são da National Geographic Image Collection, de autoria de Vicent J. Musi

A deusa que há em mim saúda a deusa ou o deus que há em você!

Lady Mirian Black

quinta-feira, 27 de junho de 2013

MITOLOGIA CÉLTICA – DEUSAS

Representação de Epona no período da conquista romana.

Os celtas não tinham um panteão como o greco-romano. Para alguns estudiosos, tampouco tinham o costume de atribuir aos deuses forma humana e a representação dos deuses através de imagens entalhadas em madeira começou após as invasões romanas, por volta do século primeiro a.C.
Os deuses eram responsáveis pelas estações e controlavam a Natureza, da qual o ser humano fazia parte. O divino estava em todos os lugares: nas árvores centenárias dos bosques e florestas, nas rochas, fontes, rios, pântanos, montanhas, mar, etc.
As deusas celtas possuíam, normalmente, aspecto triplo. Mórrigan ou Mórrigna, por exemplo, era na verdade integrada por três divindades ou talvez, três aspectos divinos distintos, que eram Mórrigan, Macha e Badb, também chamadas de “as grandes rainhas” ou pelo nome coletivo “Mórrigan, as deusas da guerra”. A deusa Brigit, filha de Mórrigan, assim como a mãe igualmente era dotada de três aspectos.
Entre os deuses, o triplismo era bem menos comum. Dagdá ou “O Bom Deus”, Lug, Taranis, dentre outros, não possuem aspecto triplo. Isso se deve ao fato, provavelmente, de que a energia feminina no mundo céltico estava associada à água, à terra e à Lua. A Lua, por sua vez, possui quatro fases bem distintas e uma quinta que não é propriamente uma fase, mas uma característica da Lua nova que é a Lua Escura e que se trata de três noites entre a Lua minguante e a Lua nova, quando a Lua fica oculta no céu e não pode ser avistada.
Os locais com água, como poços, lagos, fontes, rios, etc., eram personificações da deusa ou do poder feminino e eram considerados Espaços ou Locais Sagrados.

A deusa era a Mãe e o deus era o Pai tribal

Para o professor de Arqueologia Barry Cunliffe, a pedra fundamental da religião celta é que em todas as deusas pode-se observar uma ligação com a Mãe Terra, e em todos os deuses, além dos seus atributos específicos, existiam os atributos próprios da tribo ou comunidade que representavam, embora fossem baseados em Dagdá ou “O Bom Deus”.
Na história irlandesa da Batalha de Moytura, houve um concílio entre os deuses e cada um declarou suas qualidades. Quando chegou a vez de Dagdá, ele disse que aquilo que cada um prometia fazer ele faria sozinho. Os outros deuses responderam: “Então, é você o bom deus”. ‘Bom’, neste caso, não quer dizer ‘bondoso’, mas claramente significa que ele possuía todas as competências, todas as qualidades, reunindo em si a totalidade dos poderes divinos.

As Principais Deusas Celtas

Ana: Ana, Anu ou Anna é uma deusa celta muito antiga que atravessou o mar com os celtas que partiram do continente em direção às ilhas. Esta deusa pode ou não estar identificada com a deusa Danu ou Dana, no genitivo Danann, protetora dos imortais que chegaram à Irlanda, como consta na história do tuatha dé Danann.
De qualquer forma, na Sanas Cormaic ou ‘Glossário de Cormaic’, consta que a Irlanda era conhecida na Antiguidade como ‘Terra de Ana’. Ana ou Dana é a deusa-mãe ancestral da Irlanda e patronesse dos deuses celtas principais.
Em galês, Dana é Dôn, deusa-mãe de cinco crianças míticas da quarta geração do Mabinogi. Há especulações de que o nome do rio Danúbio teria sido dado pelos celtas em homenagem a esta deusa-mãe. 

Boand: era uma deusa imperiosa e luxuriosa de grande beleza. Aparecia acompanhada de um cão de caça, Dabilla. Sua irmã, Bébinn, era a deusa do parto e também era muito bonita.
Boand embora casada com o deus Nechtan, que derivou o latino Netuno, teve um caso com Dagdá e desta união nasceu Angus Óg, o deus da poesia.

Fódla, Banda e Ériu: essas três deusas irmãs eram as guardiãs dos celtas e faziam parte do tuatha dé Danann. Seus nomes também possuem conexão com o nome da Irlanda. Essas três deusas estão ligadas com a deusa tripla Mórrígna, cuja trindade é integrada por Mórrigan, Badb e Macha.

Mórrígna/Morrigan, Macha e Badb ou Badb Catha: Badb Catha que significa ‘O Corvo das Batalhas’, é a deusa que visita os campos de batalha antes e depois, aparecendo para os soldados como um corvo. É a deusa do flagelo e do tormento, causando pânico nos soldados. Os gauleses chamavam-na de Bodua, Catobodua ou Cauth Bova. Morrigan e Macha, por sua vez, possuíam aspectos mais afetos à soberania e fertilidade. Eram dotadas de grande apetite sexual, seduzindo guerreiros, heróis e até mesmo deuses. Morrigan tinha aparência terrível e era extremamente feroz. Macha possuía clara associação com o cavalo, animal extremamente apreciado e respeitado entre os celtas.

Essas três deusas eram comumente chamadas de “Mórrigna ou Morrigan”, que poderia se referir somente à deusa Morrigan, Morrigu ou Mórrigna ou à tríplice deusa Morrigan, Macha e Badb.


Outras Deusas Celtas

Andrasta ou Adrasta: vitoriosa deusa da guerra, especialmente cultuada pelos icenos. Para Rutherford, a deusa fenícia Astarte teria ligação com Andrasta, o que segundo o autor, demonstra que celtas e fenícios mantiveram contatos na Antiguidade.

Artio: era uma deusa-urso das florestas.

Brigit: Brigit ou Brigantia (nome latinizado) era uma deusa antiga dos celtas. Especialmente adorada na Irlanda, era a deusa do fogo.

Coventina: deusa celta das fontes, representada no período romano como uma ninfa nua com uma ânfora da qual caía água. Foi adorada tanto pelos celtas do continente como pelos celtas da Grã-Bretanha.

Epona: deusa-égua com aspectos de fertilidade, cultuada pelos celtas da Irlanda, Escócia e País de Gales.

Nemausicae: Deusa dos celtas da Gália casada com o deus Nemausus. Esse casal divino cedeu seus nomes a Nimes, no sul da França.

Sequana: deusa do rio Sene, ao qual teve seu nome atribuído.

Sulis: essa deusa parece ter surgido no período romano e foi cultuada principalmente pelos gauleses, em Bath, França, onde ficava seu santuário.

Ceridwen – Feiticeira e não deusa

 Na mitologia celta, Ceridwen (pronuncia-se Ker-id-uem) era uma poderosa feiticeira, muito feia, detentora do poder de mudar de forma. Normalmente, na Bruxaria Tradicional e na Wicca, Ceridwen é invocada como uma deusa ao lado de Cernunnos, que seria seu consorte.
Ocorre que Ceridwen é uma bruxa da mitologia dos celtas que ocuparam as ilhas, especialmente o norte do País de Gales. Era casada com Tegid Foel (pronuncia-se teg-id voil), que deu seu nome ao Lago Bala (Bala Lake) e não com Cernunnos (leia sobre esse deus na próxima edição).
Ceridwen teve dois filhos: a bela Creirwy e o medonho Morfran. Aparentemente, Ceridwen também seria mãe de Taliesin. Ela possuía um caldeirão encantado, “o Caldeirão do Conhecimento”, o qual guardava no fundo do Lago Bala, na esperança de reservar os poderes do caldeirão para seus dois filhos.    
Quando finalmente preparou a poção para Morfran, o herói Gwion Bach apareceu a aproximou-se do caldeirão. As três gotas da poção que eram para Morfran caíram acidentalmente em Gwion Bach, garantindo-lhe poderes extraordinários de vidência e sabedoria sobre-humana. Na tentativa de recuperar o poder da poção, Ceridwen o seduziu e o possuiu fazendo-o mudar de forma. Na última transformação, ela o tornou um grão de trigo e o consumiu. Nove meses depois, ela deu à luz Taliesin, o poeta de inspiração divina. 

A deusa que há em mim saúda a deusa ou o deus que há em você!

Nota: Artigo baseado no livro “Bruxas”, p. 126/133.


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